Tireoide
Atualmente os nódulos de tireoide são achados comuns e constituem a principal manifestação clínica de uma variedade de doenças da tireoide. A maioria dos nódulos é benigna e é essencial excluir o diagnóstico de câncer de tireoide.
Se você tem um nódulo visto pela ultrassonografia, ou através da palpação no pescoço procure um endocrinologista.
A tireoide é responsável pela produção e armazenamento dos hormônios tireoidianos. Esses hormônios são responsáveis por regular o metabolismo de diversos órgãos. O aumento da função (hipertireoidismo) ou a redução (hipotireoidismo) podem levar a vários sinais e sintomas tais como nervosismo, insônia, alterações no ritmo intestinal, coração acelerado, perda ou ganho de peso, queda de cabelo, unhas quebradiças e excesso de frio ou calor, por exemplo. Se você apresenta alguma dessas situações, procure um especialista.
Diabetes
Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue. Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio chamado insulina, que é produzido no pâncreas.
Existem várias condições que podem levar ao diabetes mas, na maioria dos casos, está dividida em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2. Aproximadamente 90% dos pacientes apresentam Diabetes Tipo 2, que tem como principal característica um quadro de resistência à insulina. Quando o aumento da produção de insulina não consegue manter a glicose em níveis normais, surge o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas (exemplos: fadiga, sede excessiva, aumento da diurese, emagrecimento, dores nas pernas, feridas com dificuldade de cicatrizar e alterações visuais) podem demorar vários meses e até mesmo muitos anos para se manifestar.
Se você tem excesso de peso, parentes com diabetes, hipertensão ou alterações de gordura no sangue, procure um endocrinologista. Você poder desenvolver diabetes! Mas se você apresentar um ou mais dos sinais e sintomas citados acima, pode estar diabético.
Obesidade
A obesidade é uma doença multifatorial, que vem aumentando a cada ano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Além de reduzir a qualidade de vida, pode aumentar a chance de desenvolver doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer.
Para saber o seu grau de obesidade, uma ferramenta ainda muito útil na prática clínica é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) que é feito através da medida do peso dividido pelo quadrado da altura (altura x altura, em metros). Segundo a OMS, os pacientes com IMC entre 25- 30 kg/m² são classificados como sobrepeso e IMC > 30 kg/m² como obesos.
Tanto para prevenir quanto para tratar o sobrepeso e a obesidade é preciso ter uma alimentação balanceada associada a uma rotina de atividade física e, em casos específicos, o uso de medicações que ajudem a diminuir o apetite e aumentar a saciedade. Durante todo o tratamento, se faz necessário, tanto pelo médico como pelo paciente, encontrar e reverter os fatores iniciais que levaram ao aumento de peso, para que possa ser feita uma reeducação alimentar, com o objetivo de que o peso perdido ao longo do tratamento seja mantido. Nos casos que apresentarem falência terapêutica, o tratamento cirúrgico para obesidade (cirurgia bariátrica) é uma alternativa de tratamento. O endocrinologista é o profissional que irá acompanhar estes pacientes pelo resto da vida.
Por fim, uma avaliação multiprofissional com endocrinologista e nutricionista é fundamental para alcançar as metas e mantê-las ao longo da vida.
Alterações no colesterol
e triglicerídeos
A alimentação errada e algumas doenças podem levar ao aumento do colesterol e dos triglicerídeos em adultos e crianças. Com um tratamento adequado, o risco de futuras complicações cardiovasculares é reduzido.
Doenças da hipófise
A hipófise é uma glândula pequena localizada na base do crânio, dentro da sela túrcica, no Sistema Nervoso Central. É responsável pelo controle da função da maioria das glândulas endócrinas. O seu funcionamento anormal, por vários motivos, é o resultado da presença de um tumor benigno (adenoma). O adenoma na hipófise pode produzir hormônios em excesso e/ou comprimir as estruturas em torno da hipófise, pressionando as células hipofisárias normais e causar a deficiência da produção de um ou mais hormônios hipofisários. A presença de galactorreia (leite nas mamas, fora do período de amamentação), mudanças faciais, aumento do número do sapato, dores de cabeça e alterações do campo visual ou eliminação excessiva de água pela urina, podem estar relacionados a essas patologias. Se você apresenta algum desses sintomas, procure um endocrinologista.
Metabolismo ósseo
As principais doenças do metabolismo ósseo tais como osteoporose, deficiência de vitamina D e hiperparatireoidismo podem ser consequências das alterações das glândulas paratireoides, que estão localizadas atrás da glândula tireoide. Dores ósseas, fraturas por fragilidade, cálculos renais recorrentes podem significar distúrbios do metabolismo ósseo. Procure o seu endocrinologista. Ele pode diagnosticar e indicar o tratamento mais adequado.
Doenças das glândulas suprarrenais
As glândulas suprarrenais (também chamadas de adrenais) estão localizadas acima dos rins. São responsáveis pela produção de hormônios essenciais ao organismo tais como cortisol, aldosterona, esteroides sexuais femininos e masculinos e catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina).
Indivíduos jovens com pressão alta ou aqueles que fazem uso de muitos anti-hipertensivos podem apresentar hipertensão de origem endócrina e, portanto, devem ter uma avaliação do endocrinologista. História de obesidade com sinais de excesso de cortisol (estrias largas e violáceas, fraqueza nos braços e pernas, face arredondado e com vermelhidão, manchas roxas), de esteroides sexuais masculinos na menina (pelos excessivos, puberdade precoce) ou sinais de deficiência dos hormônios (pressão baixa, fadiga sem causa aparente ou escurecimento da pele) podem significar problemas nas suprarrenais. Se você apresenta algum desses sintomas, procure um endocrinologista.
Pacientes que realizam exames de imagem de abdome para investigação de uma determinada doença, podem se deparar com laudos descrevendo nódulo nas suprarrenais. Diante desta situação, o endocrinologista é o profissional indicado para avaliar e acompanhar esses casos.
Endocrinologia masculina
O estudo das alterações hormonais no homem (também conhecida como Andrologia) tem feito, cada vez mais, parte da rotina do endocrinologista. O hipogonadismo masculino resulta da falência da produção de testosterona (hormônio masculino) e/ ou da produção de espermatozoides provocada por uma alteração do eixo hipotálamo → hipófise → testículos. Nesse caso, algumas pessoas podem sentir cansaço, diminuição da força muscular, disfunção sexual, infertilidade e, necessitar da ajuda do especialista para fazer reposição hormonal.
Endocrinologia feminina
Alterações na menstruação: as alterações do ciclo menstrual (falta de menstruação ou menstruação mais de uma vez ao mês) são manifestações comuns de várias doenças e podem indicar alterações no eixo envolvendo o Sistema Nervoso Central → hipotálamo → hipófise → ovários. Doenças tais como adenomas hipofisários ou síndrome dos ovários policísticos podem estar presentes e, por isso, necessitam de investigação e tratamento adequados.
Excesso de pelos: as mulheres com excesso de pelos corporais e de distribuição masculina (face, abdome, dorso) caracterizados como hirsutismo, acne ou, aumento da musculatura, podem estar com produção excessiva de hormônios masculinos (hiperandrogenismo), decorrentes de várias doenças. A síndrome dos ovários policísticos, hiperplasia adrenal congênita e tumores virilizantes são algumas das doenças que devem ser pesquisadas.
Reposição hormonal da menopausa: O início da menopausa só pode ser considerado após um ano do último fluxo menstrual, uma vez que, durante esse intervalo, a mulher ainda pode, ocasionalmente, menstruar. O ressecamento vaginal, ondas de calor, sudorese e irritabilidade são sintomas que podem estar presentes nessa fase. Além disso, as mulheres nessa fase apresentam perda óssea, aumento do risco de osteoporose e aumento do risco cardiovascular. A reposição hormonal é um tratamento eficaz e tem como objetivo amenizar o desconforto e os riscos causados pela menopausa.
Se você possui alguma dessas características, marque uma consulta com um endocrinologista.
Transtornos do crescimento
e da puberdade
Uma criança saudável tem um crescimento normal. O crescimento deficiente ou excessivo pode ocorrer em função de alterações hormonais, nutricionais ou genéticas.
Crianças que desenvolvem precocemente pelos pubianos, odor axilar e desenvolvimento das mamas, apresentam distúrbios hormonais e necessitam de avaliação da origem do problema. Os adolescentes que não desenvolvem essas características também necessitam de uma avaliação.
Transtornos alimentares
Os Transtornos Alimentares são caracterizados por perturbações no comportamento alimentar, podendo levar ao emagrecimento extremo - caquexia (devido à inadequada redução da alimentação), à obesidade (devido à ingestão de grandes quantidades de comida) ou outros problemas físicos. Os principais tipos de Transtornos Alimentares são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa e, ambos, têm como características comuns: uma preocupação excessiva com o peso, medo excessivo de engordar, uma percepção distorcida da forma corporal, e uma autoavaliação que tem como base o peso e a forma física. Por outro lado, muitos indivíduos podem apresentar episódios de compulsão alimentar porém, diferentemente da Bulimia Nervosa, não utilizam métodos purgativos para eliminar os alimentos ingeridos e nem a preocupação irracional com o peso e a forma corporal. As pessoas que apresentam comportamento do comer compulsivo (Binge Eating) perdem o controle durante os frequentes ataques do comer compulsivo, só conseguindo parar de comer quando se sentem fisicamente desconfortáveis.
Por serem quadros de extrema complexidade, os Transtornos Alimentares requerem um tratamento realizado por equipe multiprofissional com endocrinologista, psiquiatra e psicólogo.
Tumores neuroendócrinos
São tumores que se originam das células produtoras de hormônios e que estão presentes em diversas partes do corpo. Por isso podemos ver os tumores neuroendócrinos em vários órgãos diferentes, como no pâncreas, intestino delgado, estômago, pulmão, útero, etc.
Esses tumores podem produzir diferentes tipos de hormônios causando sinais e sintomas variados. Alguns podem produzir gastrina, que estimula o estômago a produzir ácido, causando sintomas de gastrite; outros podem produzir insulina, causando hipoglicemia. Alguns produzem somatostatina, causando a síndrome carcinoide, que se manifesta por taquicardia, diarreia e vermelhidão da pele (isto ocorre em episódios ao longo do dia).
As dosagens de hormônios na urina e os exames de imagem podem ajudar no diagnóstico. Alguns exames de imagem podem detectar as células humanas que estão produzindo os hormônios, marcando com mais precisão a localização da doença.